quinta-feira, 21 de abril de 2011

Aglomerados e serviços municipais

A disponibilidade dos serviços municipais deveria ser condicionada ao enquadramento às normas governamentais.

No entanto, o que se observa é que "aglomerações" (confusões) surgem em terrenos do Governo Federal (beiradas de avenidas, parques, beiras de rodovias) com famílias se estabelecendo. E estas chamam familiares para viver no local. Tomam banho e usam água trazida de outros lugares, ou vão fazer isto nas fontes das poucas praças com este recurso disponível.

Tempos depois, dão nome ao local, geralmente ridículo e fruto de deboche: buraco fundo, pau comeu, cabeça de porco, panela do cabrobó, buraco quente, e por aí vai. E então, incentivados por igrejas e apoiados por políticos "fanfarrões", vão reinvindicar na Prefeitura, acionando para isso o já ocupadíssimo Ministério Público, água e luz.

O cidadão comum, que aluga ou compra sua casa ou apartamento, paga IPTU (nos aglomerados ninguém paga), água, luz, telefone e condomínio, e mora em um domicílio fruto de licenças da Prefeitura ("habite-se", planta aprovada) pelo qual paga prestações, se vê cercado pelos "ilegais". É esta a verdade, sem tirar nem por.

O morador dos aglomerados não tem garantia, pois se o "dono" do imóvel é preso, vem um bandido e aluga ou vende o imóvel para outro. É tudo invadido mesmo. O problema costuma dar morte, quando o encarcerado ganha uma licença para visitar parentes. Tudo desordem. Caos gera caos.

Mas em nome da hipocrisia política, mantém-se os aglomerados, ajudando com postos de saúde, bolsas, vales, onerando os serviços municipais, e prejudicando quem paga.